sábado, 3 de outubro de 2009

Ahmadinejad é judeu e teve sobrenome alterado, diz jornal



O líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que pediu para Israel "ser varrido da face da Terra", pode ser judeu, segundo a versão online do diário britânico Mirror. Até ser alterado, o sobrenome no documento de identidade de Ahmadinejad era Sabourjian, nome de origem judaica.

Uma foto em que o líder iraniano segura o documento deu origem à especulação. Uma nota no cartão sugere que a família do presidente alterou o sobrenome após a conversão ao Islã.

O Mirror publica que o porta-voz da embaixada iraniana em Londres, Ron Gidor, não quis comentar a informação. "Não é uma coisa sobre a qual nós iremos falar", disse.

O Irã tem a maior população de judeus fora de Israel, especialmente entre os persas. Ainda assim, Ahmadinejad já disse publicamente negar o Holocausto.

Rio-2016




O lenço levado ao rosto diversas vezes durante a entrevista coletiva como cidade vitoriosa, o rosto inchado e os olhos muitos vermelhos delataram o que seria colocado em palavras minutos depois. A escolha do Rio para sediar a Olimpíada de 2016 foi, "talvez", o dia mais emocionante da vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"E eu, que achava que não tinha mais motivo para emoção, porque já fiz tanta coisa na minha vida, conheci tanta gente, pensei que não ia mais me emocionar", disse Lula. "Mas [ao ouvir o anúncio] eu era o mais emocionado e o mais chorão."

O presidente disse que não aguentava olhar para o lado e ver Bárbara Leôncio, 17, campeã mundial juvenil de atletismo, em prantos toda hora. E que chorou na coletiva porque não teve "coragem de chorar durante a apresentação".

Logo Lula começaria a desfilar agradecimentos. Primeiro, pelo "carinho do Jacques Rogge", o presidente do COI. Depois, elogiaria as apresentações do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes.

Na ponta da bancada, Paes não se continha. Antes de assinar o contrato do Rio como sede, erguia a caneta como um troféu ou uma tocha olímpica.

No fim da entrevista, abordado no palco pela reportagem mais uma vez, o presidente respondeu com um tapinha na cabeça. "Vamos dar um tempo para a emoção hoje", afirmou, agarrado à bandeira brasileira, abraçado aos demais membros da delegação brasileira, os olhos mais uma vez marejados.

As lágrimas eram a catarse de três anos de campanha concentrados em dois dias de intensa tensão. Lula passou a véspera e o dia do anúncio da sede ansioso entre reuniões, recepções e apresentações por votos.

Antes falando pouco e evitando entrevistas, ontem não se conteve ao chegar da apresentação no Bella Center, o pavilhão onde o Comitê Olímpico Internacional promoveu os eventos de escolha da sede.

Animado e visivelmente tenso --na entrevista coletiva, ele diria que estava "quase chorando de nervoso"-- disse, primeiro, que esperaria o resultado.

Em seguida, já com a fala acelerada, animou-se com a ideia de assistir ao anúncio com os jornalistas, em vez de ficar no hotel, como planejara.

Empolgado, chegou a abraçar a repórter da *Folha de S.Paulo". Elogiou o filme da apresentação. Segundos depois, seria a vez do repórter do "Globo". Tudo em um intervalo de minutos.

Mas o presidente assistiria ao anúncio no auditório do Bella Center, e a mídia teria de se contentar em vê-lo pelo telão.

Quando o envelope aberto por Rogge mostrou o nome do Rio de Janeiro, foi uma explosão do lado brasileiro da plateia. Do lado de fora do auditório, a gritaria foi semelhante.

As mulheres dos membros da delegação subiam em cadeiras. Jornalistas invadiam a área interditada. Relatando à reportagem o que acontecia no auditório, um dos presentes disse à reportagem que a situação era "indescritível"e de "muita, muita emoção" entre os ministros, políticos, diplomatas, assessores. "É só choro."

Ao fundo, um grito vindo de uma voz grave e embargada tomou o ambiente. "Nós ganhamos, porra!"