sexta-feira, 24 de outubro de 2008

As farsas paulistanas

O mapa de votação do primeiro turno mostra que Kassab venceu com folga nos bairros nobres e de classe média da cidade; Marta Suplicy só ganhou nos extremos da periferia. Já as pesquisas de segundo turno revelam que o demo tem 73% da preferência entre eleitores que ganham acima de 10 salários mínimos. Estes dados corroboram a triste história do maior centro econômico do país, que sempre apostou em farsas conservadoras. É certo que a visão elitista da classe média paulista é antiga e não deveria gerar surpresas. Mesmo assim, ela causa asco e revolta. Numa linguagem sarcástica, o jornalista Nirlando Beirão, editor da coluna Estilo da revista Carta Capital, lembra:

“São Paulo era contra Getúlio Vargas e a favor da oligarquia. Apoiou o populismo de Adhemar de Barros e inventou Jânio Quadros para a política. Vociferou contra Juscelino Kubitschek. Com as Marchas com Deus pela Família, preparou e apoiou o golpe militar de 1964. Revelou Maluf. Na eleição municipal de 1985, elegeu Jânio contra Fernando Henrique. Na primeira direta para presidente, elegeu clamorosamente Fernando Collor. FHC contra Lula? FHC duas vezes. Maluf contra Eduardo Suplicy? Maluf. Pitta contra Erundina? Pitta. Serra contra Lula? Serra. Alckmin contra Lula? Geraldinho. Serra contra Marta? Serra. Kassab contra Marta? Kassab... Quando Erundina venceu em 1988, não havia segundo turno. Em 2000, o eleitor correu para Marta só porque tinha se cansado da impagável dupla Maluf-Pitta. Exceções que confirmam a regra”.

QUE DELINQUÊNCIA É ESSA?


A revista Não-Veja abraçou memos com todas as letras o discurso Tucano, pois chamou de
golpe baixo e delinquencia eleitoral a greve da policia de SP Portando diz a revista:

"Disputas eleitorais aguerridas fazem parte do cardápio de qualquer democracia digna deste nome. E, quando a temperatura da batalha está muito alta, é desculpável que os candidatos subam um pouco o tom das críticas mútuas. O que não é admissível é que, em nome da disputa pelo poder, sejam jogadas no lixo as regras mínimas da ética, da decência e da responsabilidade. É isso que vem ocorrendo em São Paulo e no Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país. As candidaturas de Marta Suplicy, do PT paulista, e de Eduardo Paes, do PMDB fluminense, transformaram a reta final das eleições municipais num período que será lembrado com vergonha. Para tirarem votos de seus adversários – Gilberto Kassab, do DEM, e Fernando Gabeira, do PV, respectivamente –, as campanhas de Marta e Paes degeneraram em um caldo de insinuações preconceituosas de caráter sexual, calúnias publicadas em panfletos clandestinos e uso ostensivo da máquina pública.

A delinqüência eleitoral culminou, na última quinta-feira, com a transformação das ruas próximas ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, em uma praça de guerra. O que parecia ser um confronto entre a Polícia Civil, que está em greve e tentava invadir o palácio, e a Polícia Militar, que defendia o prédio, era, na verdade, uma ação engendrada por sindicalistas irresponsáveis, liderados pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que preside a Força Sindical apesar de ser acusado de desviar dinheiro do BNDES com a ajuda do dono de um prostíbulo. Paulinho deveria ter um único diálogo com a polícia: a confissão. Deram-lhe a chance de seguir outro caminho. Aliado de Marta, ele insuflou os policiais contra o governador José Serra, para atingir a candidatura de Kassab, apoiado pelo tucano. Paulinho escancarou seu objetivo em um discurso feito a policiais na semana passada: "Estamos chegando às vésperas do segundo turno. O chefe de vocês, que é o José Serra, sabe que tem de ganhar as eleições. E sabe que uma greve da polícia tem repercussão nacional. A proposta que eu quero fazer aos companheiros é que, na semana que vem, na quinta-feira, a gente faça uma passeata saindo do Morumbi, com carro de som, com bandeira, com faixa. E, do Morumbi, vamos para a porta do Palácio dos Bandeirantes". Ofereceu 200 carros de som e apoio da Força Sindical para encorpar a passeata".

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

São Paulo: A Locomotiva do Atraso


Uma obra do metrô que cede, causando mortes e desabamentos. Uma greve da Polícia Civil em que o governo se recusa a negociar. Polícia Militar contra Polícia Civil, expondo um comando fraco e incompetente. Um seqüestro que dura cem horas. Uma refém menor de idade, libertada do cativeiro, volta ao seqüestrador para "negociar", com "autorização" da polícia - caso que termina com as duas reféns baleadas, uma delas gravemente.

Enquanto isso, na cidade, bibliotecas são fechadas pela prefeitura por "falta de público", mostrando a limitação intelectual (para dizer o mínimo) de quem administra um espaço de conhecimento como se fosse uma casa de espetáculos de capital privado. Um prefeito que participou ativamente de governos que afundaram São Paulo financeiramente e que se apresenta como se nada tivesse a ver com isso.

Uma mídia podre, conivente, que mente, omite, distorce e manipula fatos a seu bel-prazer. E, pior, que é levada a sério por cidadãos incautos, anestesiados, que parecem ter perdido a capacidade de lutar por seus direitos, de se inconformar, de exigir respeito e condições de vida decentes. De perceber o absurdo de perder duas, três horas no meio do trânsito e de morarem em uma cidade em que cada centímetro de chão é tratado não como um espaço público, mas como uma mina de dinheiro que reverte em gordos lucros à perversa associação formada por políticos, empreiteiras, construtoras e imobiliárias.

O estado de São Paulo, "a locomotiva do Brasil" na visão de alguns esnobes, é um trem enferrujado, obsoleto e mal conduzido. A capital do estado, que alguns apresentam orgulhosamente como "moderna e cosmopolita", não passa de uma cidade provinciana à mercê de predadores e habitada por hipócritas e preconceituosos. A "elite" tem apenas dinheiro. De resto, falta tudo: classe, cultura, educação, espírito comunitário, discernimento, preocupação com o próximo, civismo, instinto de preservação, bom senso. Não surpreende que uma cidade comandada por pessoas assim tenha se tornado o que é: um inferno sem qualidade de vida, que consome diariamente a saúde de seus habitantes.

Pronto, desabafei

domingo, 28 de setembro de 2008

DEU NA REVISTA ÉPOCA


O juiz afirma que sofreu pressão para recuar no caso que levou à prisão de Daniel Dantas

ÉPOCA – A desembargadora Suzana Camargo disse em depoimento à PF que ouviu do senhor o conteúdo de conversas gravadas ilegalmente envolvendo o presidente do STF, Gilmar Mendes. Isso aconteceu?

Fausto De Sanctis – Nunca soube da existência de grampo ilegal ou clandestino. Evidentemente, não determinei nenhuma interceptação telefônica ou telemática (de e-mail ou de dados digitais) do ministro Gilmar Mendes ou de seu gabinete, até porque não tenho tal competência. Também nunca recebi “informes” nesse sentido. As únicas interceptações telefônicas ou telemáticas por mim autorizadas tinham como alvo pessoas supostamente ligadas ao grupo Opportunity.

ÉPOCA – Mas o senhor conversou com a desembargadora?

De Sanctis – Sim, na tarde de 10 de julho. Ela telefonou, mas não pude atendê-la. Retornei depois sua ligação.

ÉPOCA – Sobre o que vocês conversaram?

De Sanctis – Não gostaria de fazer qualquer juízo sobre a conduta de meus colegas, que sempre admirei e respeitei, aí incluindo a desembargadora Suzana Camargo. Mas eu me surpreendi com o teor da conversa, já que a desembargadora começou o diálogo invocando sua condição de amiga pessoal do ministro Gilmar Mendes. Ela me disse que ele estava irado com a notícia de que eu teria decretado a prisão preventiva de Daniel Dantas e gostaria de confirmar essa decisão. Confirmei que havia, de fato, decretado a prisão preventiva. Disse quais eram as bases legais e, principalmente, que havia fatos novos, elementos obtidos na busca e apreensão.

ÉPOCA – Acabou aí a conversa?

De Sanctis – Em seguida fui novamente surpreendido com o apelo da desembargadora para que eu voltasse atrás em minha decisão. Ela insistia que o ministro Gilmar Mendes estava irado. Respondi-lhe que minha decisão estava fundamentada, era fruto de minha convicção e que, em hipótese alguma, voltaria atrás. Diante de uma última insistência da desembargadora, reafirmei que não reconsideraria e que, inclusive, o mandado de prisão já havia sido expedido e encaminhado. Estavam presentes na minha sala três servidores que, com certeza, ouviram as respostas que eu dava às perguntas formuladas pela desembargadora.

ÉPOCA – Ela diz no depoimento que ouviu do senhor a afirmação de que haveria “sujeira” no STF e de que o ministro Gilmar Mendes o teria chamado de “incompetente”. É verdade?

De Sanctis – Também não houve isso. Em momento algum eu disse à desembargadora que sabia que o ministro me qualificara como incompetente.

ÉPOCA – Foi noticiado pela imprensa que existiria uma gravação em vídeo de um jantar entre advogados dos investigados e assessores do ministro Gilmar Mendes. O senhor soube de algo?

De Sanctis – Nunca soube. O que sei é o conteúdo das investigações. Tive conhecimento de tal fato pela imprensa.

ÉPOCA – Na investigação há alguma citação ao ministro Gilmar Mendes?

De Sanctis – Minha convicção pessoal é no sentido de que essas informações, por sua natureza, não podem ser reveladas, pois configuraria uma quebra do sigilo do processo e, inclusive, nesse sentido foram as minhas informações prestadas em habeas corpus ao TRF da 3a Região, ao Superior Tribunal de Justiça e ao STF. Reforço que nenhuma informação obtida das investigações constante dos autos decorreu de interceptação telefônica ou telemática de linhas ou computadores do gabinete do ministro Gilmar Mendes ou de qualquer outra autoridade com prerrogativa de função.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Britânicos bloqueiam milhões de Dantas


A Justiça da Grã-Bretanha comunicou nesta quinta-feira ao Brasil o bloqueio de 46 milhões de dólares (equivalente a 81 milhões de reais) pertencentes ao banqueiro Daniel Dantas – do Grupo Opportunity. O dinheiro está depositado em duas contas de bancos ingleses e foi descoberto pelas investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que levou o banqueiro à prisão em julho. Em agosto, o Ministério Público (MP) brasileiro já havia conseguido o bloqueio de 545 milhões de reais do Opportunity.
Os 46 milhões de dólares vinham sendo monitorados por uma ação conjunta do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), unidade brasileira de combate à lavagem de dinheiro, e de autoridades britânicas. O Coaf teria detectado movimentação nas contas.
O Ministério Público brasileiro, então, teria pedido o bloqueio dos bens, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira. O contato com as autoridades britânicas foi feito pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).
“Fomos prontamento atendidos dentro das regras de cooperação jurídica entre os dois países”, disse o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. O governo pretende pedir a repatriação dos recursos.
Com a medida, a PF espera retomar a investigação original da Operação Satiagraha, que pretendia, segundo o jornal, investigar os negócios financeiros de Dantas por meio do Opportunity Fund Cayman. Clientes brasileiros, empresários e políticos usariam o esquema bancário dele para lavar dinheiro e fazer investimentos ilegais dentro e fora do país.
O advogado Nélio Machado, defensor de Dantas, criticou a ação e disse que seu cliente é perseguido. “Este não é um processo penal com observância do princípio legal da publicidade e a defesa está completamente cerceada”, disse.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

ENTREVISTA-"Deus mercado virou diabo", diz Conceição Tavares


Por Mair Pena Neto

RIO (Reuters) - Os Estados Unidos precisam regular, e rápido, o seu sistema financeiro sob pena de não conseguirem controlar a atual crise e perderem sua hegemonia no setor, advertiu a economista Maria da Conceição Tavares em entrevista à Reuters.

Estabelecer as regras do jogo é a questão-chave para estabilizar o mercado, na opinião da professora da UFRJ e da Unicamp, uma das principais vozes da economia brasileira desde a década de 1970.

Mas seria interesse do capitalismo se regular? Conceição acredita que nesse momento, sim, pois o modelo neoliberal naufragou de vez. "O Deus mercado virou diabo na terra do gelo."

A economista vê sinais de declínio dos EUA até pelo fato de o país não estar mais sozinho, como na crise de 1929, e ter que se entender com a China.

"Não escreveria hoje, como escrevi em 1984, a retomada da hegemonia americana. Ou resolvem rápido essa crise ou, se deixarem para depois da eleição, não conseguem manter a hegemonia", afirmou Conceição para emendar taxativa: "O século 21 não será norte-americano."

LOS HERMANOS E BIG BROTHER

"O Brasil ainda não está ameaçado. Os bancos brasileiros não estão metidos nessa ciranda. Há uma supervisão muito grande do Banco Central. Mesmo os derivativos, a BM&F registra. Não tem controle de capitais, mas tem registro, o que significa que se você quiser controlar tem os instrumentos. As condições favoráveis do Brasil são as seguintes: bancos privados não estão metidos nessa especulação; não temos dívida externa pública; temos reservas; o problema de balanço de pagamentos é pequeno; o impacto das commodities não dá para perceber e somos muito abertos ao mundo. Temos mais comércio com a Argentina do que com os EUA. Los hermanos são mais importantes que o big brother."

"A crise não está na economia real. Só na Europa e no Japão, onde a ligação entre bancos e a economia real é mais forte. No caso americano, não. Há um setor da economia real americana que já começou a decadência, e por aí virá uma recessão, que é o imobiliário. Esse não tem saída. No ciclo recente, o setor que primeiro puxa a economia americana é o imobiliário, depois automóveis, todos os duráveis, e, finalmente, o investimento. Ainda não está claro se serão afetados. O investimento das empresas depende do que vai acontecer com a bolsa. Se ela continuar oscilando, mas não tiver uma depressão, sobrevive."

RECESSÃO E DEPRESSÃO

"Acho que vai ter uma recessão, ninguém duvida. Mas uma coisa é uma recessão, outra é uma depressão. Não há dúvida que ainda vai ter uma liquidação de ativos financeiros que eram fictícios. Essa parte da liquidação financeira da riqueza vai continuar e a gente não sabe até quando. A ligação entre essa crise e o setor real agora é o aperto global do crédito. Se continuar, vamos para uma recessão global. Sem crédito não funciona capitalismo algum."

ONTEM E HOJE

"A única coisa que pode dar um certo otimismo é que em 1930 os EUA estavam sozinhos no comando, mas agora eles têm a China como parceira. Em 1930, os EUA não tinham sócios, todas as reservas do mundo estavam com eles. Agora, os EUA não têm reservas, só têm dívida. Todas as reservas em dólar estão basicamente na Ásia."

DECLÍNIO DO IMPÉRIO

"Dessa vez acho que é sinal do declínio (americano). A menos que levem no bico os chineses e russos. Estão com problemas de petróleo. Tinham que ter tomado providências imediatas para regular o mercado futuro de petróleo. Você não consegue mais fazer preço e os preços não têm tendência específica, sobem e descem de maneira enlouquecida. Nisso não se parece nada com 1930, que era uma crise de deflação de ativos e de preços. Agora é de liquidação de ativos financeiros e os preços... não têm uma tendência definida."

SEM BRETON WOODS

"A complicação é como (os EUA) se entendem com Europa de um lado e China do outro. Não são parceiros da mesma natureza. Infelizmente, não creio que vá haver uma reunião como Breton Woods. Não estamos caminhando para uma ordem mundial nova. Estamos caminhando para uma certa desordem. Os parceiros não vão seguir as ordens americanas, sobretudo em matéria financeira. É difícil um acordo por Estados. Acho que os EUA vão se regular primeiro e os demais países vão se adaptar, não creio em uma regulação conjunta. Seria ideal, mas não creio."

FALHAS NO PACOTE

"O (Henry) Paulson (secretário do Tesouro dos EUA), homem de Wall Street, propôs salvar os bancos e só. Não disse mais nada sobre regulá-los. Os candidatos não estão satisfeitos com essa idéia de socializar os prejuízos. (Os EUA) fizeram isso na década de 1990. A raiz dessa crise é a crise de 1990, quando ao invés de regular liberalizaram tudo na pretensão de que os mercados se autoregulavam, sobretudo as grandes instituições que tinham rating. Aí o Congresso começou a chiar e aos poucos os bancos vão começar aceitando a supervisão."

DEUS E O DIABO NA TERRA DO GELO

"No momento interessa ao capitalismo se regular. O neoliberalismo foi-se. O Deus mercado virou diabo na terra do gelo. Sofreu golpe mortal. Paulson ainda queria manter dessa maneira, tanto que não falou em regulação, mas o pessoal cobra porque é dinheiro pra burro... O governo terá de regular, não é um processo fácil. Terá que fazer acordo com comissões financeiras do Senado e da Câmara. Se conseguirem um acordo, aí já dá para todos irem para casa disputar as eleições."

DONO DO CASSINO

"Ou os EUA resolvem quais são as regras agora, enquanto são donos do cassino, ou daqui a pouco não adianta nada porque não serão mais os donos. É mais fácil fazer acordo quando eu, que sou a banca, faço as regras e convido os demais a seguirem ou se adaptarem. Ou resolvem rápido ou se deixarem para depois da eleição não conseguem manter a hegemonia."

SEM DINHEIRO

"O auxílio dos bancos centrais não resolveu nada, só injetou liquidez. Quando você injeta liquidez mas os bancos não emprestam uns aos outros, mais sobe a taxa interbancária. Esse assunto não está resolvido. Foi isso que levou o Paulson a avançar para resgatar os títulos podres para que as instituições fiquem sãs."

corrupção no Brasil

Não adianta espernear


Do blog da cientista política Lucia Hippolito:

Dados recentes da Transparência Internacional, a mais respeitada instituição no gênero em atuação no mundo inteiro, revelam que piorou a situação do Brasil no quesito “combate à corrupção”.

Evidentemente, a primeira reação das autoridades brasileiras foi espernear e tentar desqualificar a pesquisa e a própria Transparência Internacional.

É o tal negócio. Quando o rei recebia uma notícia ruim, a primeira providência era mandar matar o mensageiro.

Não adianta. Seria mais proveitoso se tentássemos entender por que o Brasil continua a freqüentar a lista dos países mais corruptos.


Responder o comentario do NOBLAT AO BLOG DA LUCIA

Não penso que é só uma questão de espernear, pois o problema da corrupção atinge todos nós e cabe ao profissionais de imprensa apurar a verdade.No entanto, não é isso que vejo, pois somente aponta-se o caso dos 40 mensaleiros como exemplo da historia recente. A verdade é que o escandalo do mensalão sempre existiu, mas foi incoberto pelo governo anterior. A presunção da inocência, é sim um dos pilares do estado de direito,mas é hoje somente usado como arma poderosa a favor dos poderosos ajudado por uma imprensa acima do bem e do mal